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A Selic e seus impactos

  • Foto do escritor: Admin
    Admin
  • 26 de out. de 2017
  • 3 min de leitura

Nesta última quarta-feira, 25 de outubro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75 pontos percentuais. Com isso, a taxa passou de 8,25% ao ano para 7,50% ao ano. Com a sua nona queda seguida, a taxa atingiu o menor patamar desde abril 2013. Até o final do ano, onde haverá mais uma reunião do Copom, espera-se que ocorra mais uma queda, essa sendo de 0,5 pontos percentuais, encerrando o ano de 2017 a 7% ao ano.

Ao divulgar a mudança, o relatório utiliza como base para a decisão os sinais de recuperação que a economia brasileira tem dado e que a inflação tem evoluído como o esperado pelo mercado.

Mas, na prática, o que muda?

Para entender como tais mudanças afetam o seu dia-a-dia, é necessário saber o que é a taxa Selic.

O QUE É

Trata-se da taxa básica de juros, isto é, a taxa de referência para o mercado como um todo. De forma prática, ela é obtida através da média ponderada dos juros que são praticados pelas instituições financeiras e a taxa que determina quanto o governo paga nos empréstimos que toma.

OSCILAÇÕES

Assim, quando a taxa Selic aumenta, os bancos dão preferência para o governo, já quando cai, os bancos tendem a conceder mais empréstimos aos consumidores por assim conseguir um lucro maior. Quando a taxa Selic está alta, os bancos emprestam menos para a população e, assim, há menos dinheiro em circulação o que acarreta em créditos mais caros.

EFEITO PARA O CONSUMIDOR

É chamada de taxa básica de juros por ser utilizada como base para diversas outras taxas praticadas, tais como a do cheque especial, do cartão de crédito, de financiamentos e da poupança. Então, quanto menor a Selic, menor tende a ser as demais taxas do mercado. Porém, o efeito dessa queda no consumidor não é instantâneo, leva-se um tempo para que os bancos repassem essa redução para seus clientes por ser um período em que pode ser usado para compensar possíveis inadimplências acumuladas e/ou aumentar o seu lucro.

INFLAÇÃO

Em linhas gerais, a inflação refere-se ao poder de compra da população. Quando há um aumento da inflação, ou seja, aumento nos preços dos produtos, com o mesmo dinheiro eu consigo comprar menos coisas.

A Selic é também utilizada para buscar controlar a inflação. Quando a taxa Selic está alta, como já mencionado, o crédito fica mais caro e menos acessível, então há menos dinheiro disponível e em circulação. Com isso, as pessoas passam a consumir menos e, para tentar vender, os comerciantes diminuem os seus preços. Quando está baixa, por sua vez, há mais dinheiro em circulação, mais pessoas dispostas a consumir e então os preços sobem.

PIB

O PIB (Produto Interno Bruto) é soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Com os juros altos há uma redução no consumo da população. Assim, as empresas reduzem o nível de produção, não realizam investimentos e tendem a reduzir de tamanho por meio de redução de custos - o que muitas vezes implica em grande desemprego. O desemprego reduz ainda mais o poder de compra da população fazendo com que a economia do país encolha.

Com a taxa Selic em baixa, o acesso ao crédito e financiamentos é facilitado, assim as empresas vão buscar realizar cada vez mais investimentos, produzir mais e empregar mais. Com isso, há mais dinheiro em circulação, aquecimento da economia e melhora da qualidade de vida da população.

Fonte: CHE Empreendimentos

Outra questão que reduz os investimentos das empresas e também das pessoas é que, quando a taxa Selic está alta, há altos retornos para investimentos em renda fixa, como Títulos Públicos, por exemplo. Isso torna os demais investimentos, como investimentos imobiliários, menos atrativos, pois apresentam um maior risco frente aos investimentos em renda fixa. Dado que o retorno esperado dos demais investimentos não supera o da renda fixa e apresenta um maior risco, poucos aderem a tais investimentos.

Com a taxa Selic em queda, há uma tendência de aumento significativo em investimentos de maior risco e mais diversificado, movimentando cada vez a economia do país, melhorando o desemprego e renda da população.

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