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Centro-Oeste: Crescimento Acelerado

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    Admin
  • 12 de set. de 2017
  • 2 min de leitura

Das 27 unidades da federação, sete devem ter queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017. Os Estados do Centro-Oeste e Sul crescem mais rapidamente, puxados pelo agronegócio, enquanto a maioria dos Estados do Nordeste deve patinar.

De acordo com o estudo realizado, o PIB deve crescer 0,5% neste ano na média nacional. No âmbito dos Estados, porém, a safra nacional recorde de grãos vai atuar como uma espécie de "locomotiva" de crescimento para as economias de Mato Grosso (5,1%), Maranhão (3,1%), Mato Grosso do Sul (2,4%), Goiás (2,2%), Piauí (1,7%), Paraná (1,7%) e Rio Grande do Sul (1,5%).

Segundo Rodolfo Margato, do banco Santander, o desempenho favorável do campo vai contribuir para a economia dessas unidades de federação de modo direto, via crescimento do PIB agropecuário, e também indireto, por meio do avanço das agroindústrias e das atividades de serviços. Na média nacional, o banco prevê que o PIB agropecuário vai crescer 8,5% este ano, acima do desempenho previsto para a indústria (+0,6%) e para os serviços (-0,1%).

"A renda agrícola está exercendo efeitos indiretos importantes sobre as agroindústrias, o mercado de trabalho e o setor de serviços, potencializando os estímulos às economias dessas regiões".

Na contramão dessa retomada estão os Estados com pouco peso do agronegócio em suas economias e com setores industriais que vêm exibindo baixo dinamismo. O caso mais grave é o do Rio de Janeiro. O PIB fluminense deverá encolher 1,4% este ano, reflexo de um tombo de 2,3% dos serviços. Este setor, movido por fatores como renda e emprego, representa dois terços da economia do Estado do Rio.

Além do fim das obras relacionadas à Copa do Mundo e às Olimpíadas, o Rio vive uma profunda crise fiscal, com reflexos sobre os salários de servidores públicos e corte nos investimentos. "Enquanto no Rio a massa salarial caiu 1,3% em junho, na comparação ao mesmo mês de 2016, no Mato Grosso do Sul ela cresceu quase 12%. Isso ajuda a entender o PIB de serviços tão ruim no Rio".

"O PIB de São Paulo terá contribuição positiva do agronegócio, mas de forma menos decisiva do que em outros Estados. São Paulo tem culturas como cana-de-açúcar, café e laranja, cuja safra cresce menos do que a de soja e milho. O setor de serviços também terá desempenho melhor, reflexo da estabilização do mercado de trabalho".

Os fundamentos macroeconômicos vêm exibindo dinâmica mais benigna este ano, com destaque para desaceleração da inflação, cortes agressivos dos juros, redução do risco-país, tendência de alta de indicadores de confiança e estabilização do mercado de trabalho. Para o banco, isso contribuirá para reduzir a diferença de ritmo de recuperação entre as regiões no futuro.

Fonte: Valor Econômico

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